30/01/2009

Bolada no queixo!!!

Aqui pra nós, num país onde as mulheres são sem sal como a comida e onde o príncipe troca com a maior naturalidade uma princesa gatinha por um bucho descomunal, só mesmo um boleiro tupiniquim pra esquentar as noites chuvosas de Londres. Se sentindo isolado desde que Ronaldo e Roberto Carlos, seus parceiros das noites calientes, sairam do Real Madrid, Robinho fechou com um clube inglês. Timeco, diga-se de passagem. Importante era conferir ao vivo as dicas dos hot-pubs que David Beckham gentilmente havia dado ( nunca um cacófato caiu tão bem). Bastou uma pedalada aqui, um drible exótico ali e pronto. Nosso Pelezinho foi alçado ao status de estrela, deixando as torcedoras do Manchester City pingando de satisfação. Com a popularidade de um Ringo Star e o físico de um Grande Otelo, nosso macunaíma de chuteiras se sentiu o tal. Igual ao Mick Jagger, que em seus passeios ao Brasil costuma fazer sexo nas boates com alguma Jimenez que estiver disponível, nosso brioso atacante também não se fez de rogado. Matando de inveja seu amigo dos tempos de Santos, Diego, que não come ninguém na Alemanha, foi além da consumação mínima, natural em boates desse tipo, e possuiu uma das súditas da rainha ali mesmo, ao som de Satisfaction. O que fica dessa história toda é que se em campo Robinho ainda não joga como Pelé, fora das quatro linhas ele tem tudo para ser igualzinho ao rei. Ou alguém acha que se a estudante de Leeds engravidar ele vai reconhecer o bebê?

27/01/2009

Gangue da marcha ré. Coisa de Paulista.


Inspirados nos travestis cariocas que, para defender o leitinho das crianças e deles mesmos, vem ganhando hor ro res usando a parte de trás de suas anatomias, os marginais paulistas também tem se virado nesses tempos de crise. Graças ao uso das traseiras de seus possantes carros roubados, se transformaram em assaltantes completos. Fazem porque gostam. Prazer total. Para eles, claro. Arrombam a entrada dos estabelecimentos comerciais com os veículos, saltam e saqueiam o que podem. Nada mais justo. Numa cidade onde o prefeito dá as costas para os problemas do trânsito, onde as montadoras de automóveis dão as costas para seus funcionários e onde o Raul Gil dá as costas pra todo mundo, nada mais justo que os carros da bandidagem também dessem as costas para as melhores casas do ramo. Em relação aos travecos cariocas, que com suas carnudas e gulosas bundas vem tirando dinheiro dos outros, os pilantras que formam as gangs de São Paulo possuem uma grande vantagem: não destroem a carreira de nenhum jogador de futebol famoso, só as portas da loja.

22/01/2009

O Pitta que fala inglês.

Nos botecos do Brasil as pessoas tem uma obsessão nas conversas: a posse do novo presidente americano, uma espécie de Pitta que fala inglês e deu certo. E não é pra menos. Todo brasileiro sabe que depois do cargo de técnico da seleção brasileira a função mais importante do planeta é a de comandante da maior potência mundial. Pouca vezes tantos cuidados foram tomados. Com uma segurança de deixar qualquer integrante da família Kennedy morto de inveja, Obama centralizou para si todas as atenções. Só ele e mais ninguém. Tal qual um Grande Otelo sem Oscarito, um Mussum sem Didi, Dedé e Zacarias. As luzes estão nele. E como um Obina reverenciado pela massa rubro negra após um gol, o novo presidente se encheu de orgulho e grandeza durante o discurso que, embora escrito por outro, foi lido por ele para a multidão que o acompanhava ao vivo no local e pela tv. Um baita evento. Se fosse vivo, deixaria Luther King ainda mais corado de satisfação. Negócio agora é cruzar os 10 dedos e torcer pro Tiger Woods da política dar um jeito nesse mundo que seu país tanto vive explodindo. Até porque, ao contrário do que disse nosso falso branco presidente, a crise já chegou ao Brasil. E pela quantidade de malas que trouxe, dá a pinta que não vai embora tão cedo. Aqui mesmo, na repartição onde trabalho, não sei até quando vai dar pra segurar meu emprego.

18/01/2009

o Seu Macedo, do almoxarifado do Fluminense

Viu no programa Sem censura, da antiga TVE, que Clóvis havia ganho seu primeiro prêmio em um concurso no clube Fluminense. “Ele contou que depois de vencer, não queriam que ficasse com o troféu, porque ele não poderia ter participado do concurso, já que não era sócio do clube. Aí liguei para ele dizendo que era o Seu Macedo, do almoxarifado do Fluminense. Falei que tinham sentido falta do troféu no clube e que eu ia lá na casa dele buscar. O Clóvis ficou nervosíssimo e disse que não ia devolver!”, lembra.
Outra ligação que conta com um sorriso maior nos lábios foi o que passou quando viajou para os Estados Unidos. O requinte de crueldade: foi um trote a cobrar. “Eu estava nos Estados Unidos e soube que o Clóvis tinha se casado. Era madrugada. Liguei a cobrar e ele atendeu. Aí perguntei se ele tinha recebido a baixela de prata que mandei de presente de casamento”, conta Macedo, explicando por que gostava tanto da prática e por que só passava trotes, única e exclusivamente, para Clóvis. “O legal do trote era ver um cara carinhoso como ele chegando ao fim do telefonema xingando a gente. Era uma coisa inesperada. O bacana para quem ouvia era ver ele partindo da meiguice para a revolta”, teoriza.